Mais de mil e seiscentos professores que ficaram aprovados na componente comum da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), em dezembro, irão realizar as provas específicas durante as férias letivas da Páscoa entre os dias 25 e 27 de março, segundo o despacho publicado esta semana em Diário da República.
Filosofia, História, Música, Educação Física, Inglês, Alemão e Economia são alguns dos conteúdos que vão ser abordados nas 32 provas que o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) vai disponibilizar. No despacho publicado pode ler-se que as provas estão distribuídas ao longo de três dias, de forma a permitir que o mesmo professor com habilitação para dois ou três grupos de docência possa realizar as provas.
Para Manuel Nobre, presidente do Sindicato dos Professores do Distrito de Évora, esta prova “alinha mais uma vez da extração política deste governo que é continuar a introduzir mecanismo no sistema educativa para impedir que professores entrem no sistema. Todas as medidas que este executivo toma vão no sentido de reduzir pessoal”, acrescenta que muitos dos professores que vão realizar a prova “já deram provas que são capazes e têm qualificações para dar aulas”.
“A prova que tem um conjunto de perguntas e respostas sobre questões específicas que nada têm a ver com pedagogia, com a disponibilidade ou com a maior ou menor vocação que um professor possa ter para estar com alunos e o que nós entendemos é que se o Ministério da Educação desconfia das instituições de ensino superior que formam os professores deveriam atuar aí”, refere.
Manuel Nobre diz que na primeira fase da prova, através dos dados recolhidos pelo sindicato realizaram prova mais de cinco dezenas de professores, afirmando ainda que o sindicato vai estar junto dos professores no dia da prova e que têm um pré-aviso de greve para todo o mês de março “uma vez que não se sabia o dia da prova”.
