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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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Renegociação da dívida, declarações do Presidente da Comissão Europeia e alterações nas reformas, no comentário semanal de Maria Helena Figueiredo (c/som)

A Coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda (BE), Maria Helena Figueiredo, no seu comentário desta sexta-feira, 24 de Março, começou por falar sobre a dívida da Caixa Geral de Depósito (CGD), em que os juros atingem os 11%, resultando em cerca de 50 milhões anualmente pagos. A Comentadora da Rádio Campanário referiu inicialmente que “é de facto, um juro muito elevado, quem adquire com este juro tem, um pouco, um seguro” e acrescentou que “apesar das malfeitorias de que tem sido objeto, eu penso que a Caixa, enquanto banco público, tem ao longo da sua vida, demonstrado capacidade e resiliência a este tipo de ataques”.

“Temos a experiência, de que quando qualquer coisa corre mal no sistema financeiro, somos todos nós a pagar” e afirmou, “espero que a CGD e a sua Gestão ponderem devidamente”.

Sobre uma proposta feita pelo PCP e BE, acerca da possibilidade da criação de uma comissão com vista a renegociação da dívida, Maria Helena Figueiredo diz que “neste momento, é transversal a toda opinião politica e á maioria dos economistas, que o serviço desta dívida é incomportável” e acrescentou que “enquanto estivermos sob o peso de pagamento de juros tao elevados, é muito difícil ao Estado Português disponibilizar recursos para o investimento e para o reanimar da economia”.

Em torno da possibilidade de negociação com a Comissão Europeia, a Comentadora disse que “não podemos continuar a tapar o sol com a peneira”, “não é possível equilibrar as contas públicas (…) enquanto estivermos a pagar juros com o volume que temos”, sublinhando ainda que “os estados estão muitos reféns destes interesses da finança internacional”.

“Quando há uma dívida incomportável, o caminho para se poder pagar e equilibrar, é fazer uma renegociação”, disse a Coordenadora sobre as alterações dos juros, e referiu também os bem presentes comentários do Presidente da Comissão Europeia, “isto reflete uma maneira de pensar e uma maneira de olhar para os países do sul, que não são de facto, tidos como parceiros mas como indigentes”.

Sobre a mais recente proposta do Governo em torno das reformas, Maria Helena Figueiredo começou por comentar a atribuição de um “bónus” a quem adiar a reforma, referindo que na sua opinião “há muita gente á procura de trabalho, há muita gente qualificada, e é preciso libertar postos de trabalho”, acrescentando que “não faz sentido, do meu ponto de vista, manter pessoas em fim de carreira (…) ao mesmo tempo que se veda o acesso aos jovens”.

Mediante o mesmo tema, e em comentário a outro especto da proposta apresentada, nomeadamente uma redução na idade da reforma, para quem tenha carreiras contributivas de maior longevidade, a Comentadora da Rádio Campanário disse que “a proposta do Governo é muito tímida, nós achamos que há margem para melhorar”.

No final do seu comentário, Maria Helena Figueiredo disse ainda que, para quem tenha carreiras contributivas longas, “é da maior justiça que possam reformar-se sem qualquer penalização”.

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