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“Se lhe dão mais trabalho, duvido que melhore o seu desempenho”, diz António Costa da Silva sobre Mário Centeno no seu comentário semanal (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 4 de Dezembro, começou por falar acerca da candidatura do Mário Centeno à presidência do eurogrupo, mostrando-se “desanimado” com a nomeação do Ministro português.

António Costa da Silva sustenta que “não tem a ver com questão partidária ou com a questão do prestígio que Portugal possa obter com isso”, sustentando que, “sempre que há um português num cargo importante, obviamente que é importante para o país”.

“Eu próprio não confio em Mário Centeno”, afirmou o comentador da RC, considerando que “a economia portuguesa teve um bom desempenho graças a um conjunto de reformas feitas essencialmente graças aos portugueses que resistiram a uma crise”, indicando que o Ministro das Finanças “fez aquilo que lhe competia, que foi controlar as contas públicas”.

Mário Centeno “tem algum mérito por ter conseguido cumprir as regras comunitárias”, apontando que “falhou redondamente nos objetivos que se propôs”, tais como, o investimento público que considera ter tido “cortes brutais, ao contrário daquilo que diziam”.

A estratégia levada a cabo pelo atual Governo de reverter algumas medidas tomadas pelo Governo PSD-CDS considera que “vão ter implicações no futuro de Portugal”, acrescentando que “a reposição de rendimentos trouxe-nos mais dívida”, referiu António Costa da Silva.

O eurodeputado faz referencia “ao recorde negativo da divida”, que ascende aos 250 mil milhões de euros, fruto da reversão de algumas medidas, como anteriormente referido, motivo pelo qual questiona que a gestão de Mário Centeno “se é má para Portugal, como é que pode ser bom para a Europa?”.

Questionado sobre de que forma pode afetar o trabalho no Ministério das Finanças, António Costa da Silva relembra que Mário Centeno poderá desempenhar as duas funções, em Portugal e na Europa, mas refere que “já tem mau desempenho numa área, se lhe dão ainda mais trabalho, duvido que melhore o seu desempenho”, atirou.

Em cometário sobre o Plano Juncker, em que Portugal é o país mais apoiado, António Costa da Silva diz que “é uma perspetiva positiva”, embora alerte que este plano financeiro “não tem a mesma filosofia que os Fundos Comunitários”.

Em abordagem às recentes notícias que indicam que o Governo quer hospitais a tratar doentes em casa, o eurodeputado considera que “é interessante e até pode vir a ser positivo”, reconhecendo que “o Estado não tem capacidade para apoiar todas as pessoas no Sistema Nacional de Saúde”, admitindo que possa “ser uma solução”.

No entanto, para o deputado “ainda não estamos a responder ao nível da saúde”, relembrando as carências do setor, daí, considerar que “há muito trabalho a executar”.

 

 

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