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Sábado, Abril 27, 2024

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Universidade de Évora “tem uma dificuldade muito grande em conseguir captar estudantes da região” (c/som)

O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, 18 de julho, começou por comentar o número de vagas abertas para o Ensino Superior, constatando que esta medida não beneficia nem alunos, nem famílias ou instituições do interior. Analisou ainda a tomada de posição do PSD face às propostas do governo na lei laborar e terminou a sua revista de imprensa com um comentário à situação no Ministério da Defesa.

Metade das vagas do Ensino Superior, cortadas das duas maiores cidades do país, mantêm-se no litoral do país, e “se se confirmar esta notícia é uma coisa completamente desnecessária” e “incompreensível”.

“O governo constituiu uma unidade de missão para a valorização do interior”, mas “independemente do trabalho dessa unidade de missão o governo decidiu tomar esta decisão em relação às vagas do ensino superior”, pelo que “ficamos sem saber para que é que serve” a mesma unidade, “se o governo acabou por tomar decisões que não resultam da discussão que foi feita e do trabalho que foi feito”.

Até porque o deputado do PCP considera que “o problema em relação a estas questões do Ensino Superior não está tento em haver vagas ou deixar de haver vagas nas universidades de Lisboa e do Porto, está nas condições para a frequência do ensino superior”, assim como “nas condições que em particular os jovens oriundos das zonas do interior, com mais baixos recursos económicos” que “acabam por ter mais dificuldade para aceder ao ensino superior”.

João Oliveira dá mesmo o exemplo da Universidade de Évora, que “tem uma dificuldade muito grande de conseguir captar cada vez mais estudantes da região”, pois “os estudantes do Alentejo não têm condições para se deslocar para Évora” e “sustentar o alojamento, a alimentação, as deslocações e frequentar o Ensino Superior”. Portanto, “isso é que é a verdadeira barreira à frequência do ensino superior no interior do país”.

Por isso, considera que este “não é de facto o caminho que possa resolver os problemas do Alentejo e do interior”.

No que diz respeito ao anúncio de abstenção do PSD às alterações propostas pelo PS na Lei Laboral, João Oliveira é categórico ao considerar que “o PSD em parte anda muito desorientado” e que por isso “acaba por tomar decisões e posições que não se compreendem bem”, como esta. Estando assim “sempre disponível para dar o braço ao PS quando o PS precisa, para prejudicar os trabalhadores”.

Pois a proposta do Governo, acredita o comunista, é “uma proposta negativa para os trabalhadores portugueses” e “que vai degradar ainda mais as condições de trabalho”, permitindo ao mesmo tempo “a redução do salário”.

Nesse sentido, João Oliveira considera que “a opção que o PS fez, é uma opção grave”, pois “deixa no Código do Trabalho, algumas das normas mais gravosas para os trabalhadores”, como “introduz novos elementos graves, nomeadamente em relação à precariedade” e à “contratação coletiva”. Pelo que “o PCP não se revê” nestas medidas é por isso que “as critica e lhes dá combate” e “vamos votar contra”.

Sobre o material de Tancos por recuperar, que o Ministro da Defesa, Azeredo Lopez, afirma desconhecer, o deputado comunista considera “grave”. Pois à margem “do segredo de justiça, que deve ser respeitado, e da investigação criminal, que deve ser respeitada e cuja direção deve ser assegurada ao ministério público (…) não é admissível que o Min. da Defesa conheça por via da comunicação social informação que já há mais tempo devia conhecer”. Algo que reflete “os problemas criados pelo desinvestimento, de anos e anos”, e forma “totalmente dramática”.

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