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Quinta-feira, Maio 2, 2024

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Vinhos da região do Alentejo promovidos nas Ruas Floridas de Redondo. Jorge Falé diz “é uma boa montra” (c/som e fotos)

Decorreu no passado sábado, dia 29 de julho, a inauguração das Ruas Floridas de Redondo, que decorrem até ao próximo dia 6 de agosto.

Após a sua inauguração, que decorreu no Centro Cultural de Redondo, onde marcaram presença várias entidades e autarcas, os presentes foram convidados a percorrer ar ruas ornamentadas com flores, figuras e outros motivos em papel colorido.

Durante o percurso pelas Ruas Floridas, a redação da Rádio Campanário aproveitou para percorrer a promoção de vinhos realizada nas Ruas Floridas e falou com Jorge Falé, representante dos Vinhos Calhameiro, a respeito da exposição e mostra de vinhos no certame.

Em declarações à nossa redação, Jorge Falé começou por explicar que o nome do vinho Calhameiro “é o nome dado aos habitantes de Santa Susana. Segundo conseguimos apurar com pessoas de mais idade e alguma pesquisa na Internet, houve uma altura em que vinham muitos artesãos do norte do país, fabricantes de cordas, para a zona de Santa Susana, havia muitas herdades com alguma dimensão à volta e, onde está localizada a aldeia de Santa Susana, era uma pequena parcela, mais curta, onde eles acabavam por acampar e faziam as cordas para vender às herdades que existiam ali à volta. Faziam essas cordas com a planta cânhamo, que quando verde, faz um tecido robusto e forte e eles utilizavam-na para fazer as cordas. A palavra cânhamo, através da sua pronúncia, começou-se a dizer que ‘lá vinham os calhameiros’”.

Questionado de há quanto tempo existe este vinho, Jorge Falé referiu que, em termos de marca, “existe há sensivelmente seis anos e a marca também existe como doçarias e vestuário. Na parte do vinho, temos algumas uvas nossas, e outras compramos. Em relação à adega em si, não temos e contratamos os serviços de uma adega para o vinho ser feito e engarrafado”.

Quanto à tiragem de garrafas, este é um projeto pequeno e temos estado a crescer gradualmente, não temos intenção de vir para grandes superfícies, vendemos sim na restauração e em pequenas garrafeiras aqui da zona, mas estamos sensivelmente entre as 14 e 15 mil garrafas anuais”, acrescentou.

Questionado sobre qual a melhor casta deste vinho, o representante referiu que “todos os anos são diferentes. Este ano esteve praticamente sem chover, e por isso vamos ter um desafio bastante grande a esse nível. Nós tentamos, na maioria ir buscar castas diferentes, daquilo que são as normalmente utilizadas no Alentejo. Aqui no caso do vinho branco, por exemplo temos o Gouveia e o Viosinho, que apesar que haver alguns produtores que utilizam ainda são muito poucos, são castas mais utilizadas no litoral ou no Douro, aqui são pouco utilizadas, mas quisemos fazer uma coisa diferente”.

Questionado se as Ruas Floridas de Redondo são uma grande montra para mostrar o produto, Jorge Falé referiu que “sim, sem dúvida. As Ruas Floridas de Redondo tiveram intervalo, devido à pandemia, mas acho que, do pouco que vi ainda, o Município consegui fazer um ótimo trabalho e rejuvenesceu toda esta festa e vai correr bem certamente. Como era de esperar, temos visto por aí muita gente, e para quem conhece Redondo e as festas em Redondo, não espera outra coisa”.

 

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