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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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“Vivemos num país em que se decide por ideologias e não por critérios de exigência” (c/som)

O eurodeputado Nuno Melo, eleito pelo CDS-PP, no seu comentário desta quinta-feira, dia 18 de julho, abordou aos microfones da Rádio Campanário as acusações do CDS ao Governo de este discriminar os alunos das escolas privadas, a nova Lei de Bases da Saúde e ainda os resultados das sondagens para as eleições legislativas de outubro.

Relativamente ao CDS acusar o Governo de discriminar alunos das escolas privadas, o eurodeputado começa por referir que “temos um governo que discrimina o público do privado”, considerando esta situação “algo muito perverso” e apontando as disparidades em termos horários nos setores como exemplo. “estes fatores acrescentam uma clivagem nos setores.

Para Nuno Melo a opção por escolas privadas nada tem que ver com ricos e pobres, “existem pais que têm filhos no setor privado muitos não são ricos, apenas optam por esta via pois é a única opção, quer seja por oferta, quer por questões de segurança ou de ranking”.

O eurodeputado considera que “os manuais do setor público são pagos pelos impostos do setor privado, acrescentando que seria razoável “que o Estado se dirija às pessoas, sem criar clivagens nos dois setores”. Nuno Melo refere ainda que “o estado não podo dar tudo à população do público, tirando do privado”.

O eurodeputado refere o exemplo do Serviço Nacional de Saúde, onde “tem de existir uma ponderação sobre quem pode pagar e quem não pode”.

Nuno Melo afirma que “não se pode partir da lógica cega que quem está nos colégios, escolas ou até universidade privadas pode pagar os manuais porque têm muito dinheiro”, referindo que a situação nem sempre é assim. No entanto reconhece que “temos oferta pública boa e oferta pública que não é boa”, voltando a frisar que “o governo não deve criar estas clivagens entre os setores, uma vez que o setor público apresenta regalias pagas muitas das vezes com os impostos do setor privado”.

Naquilo que concerne ao voto contra na Nova Lei de Bases da Saúde, o eurodeputado refere que “tanto quanto sei o CDS votará não favoravelmente”.

Nuno Melo considera que “se a gerigonça causou danos, foi ao SNS”, acrescentando que o mesmo “está uma catástrofe”. Para o centrista “o PS, o PCP e BE destruíram o SNS”, onde as listas de espera aumentam de dia para dia, as faltas de médicos e o descontentamento dos profissionais são uma constante.

A Rádio Campanário questionou Nuno Melo sobre o investimento feito por este Governo no SNS, ao que o eurodeputado considera que “antes da redução do horário, os profissionais faziam 40h semanais e mesmo assim eram insuficientes, o Governo reduziu para 35h”, o que  segundo o eurodeputado “e tendo em conta as contratações feitas não cobre o défice que já existia e que foi agravado com a redução horária”.

Para Nuno Melo “assim se explica o investimento no SNS que o Governo tanto fala”, acrescentando ainda que “com esta medida ganham-se votos, mas quem sofre são os doentes que ficam com tempos de espera maiores”.

O eurodeputado refere ainda que “não acho normal esperar 5 anos por uma simples consulta”, acrescentando que “muitas das vezes os doentes quando são chamados já morreram”, o que “é inadmissível”, tal como “a falta de material médico e cirúrgico, que o estado tem obrigação de fornecer, mas que não se encontra nas salas”.

Nuno Melo terminou a sua rúbrica aos nossos microfones abordando os resultados das sondagens para as legislativas de outubro. O eurodeputado é claro e afirma que “as sondagens são más e penalizadoras para o CDS”.

O eurodeputado considera que “ser exigente penaliza”, referindo-se aos números atribuídos ao CDS nas sondagens.

Nuno Melo refere que “o CDS mesmo quando tem pouca gente decide bem, infelizmente vivemos num país em que se decide por ideologias e não por critérios de exigência”.

Se os resultados se confirmarem nas legislativas, o eurodeputado refere que “é mau”, no entanto aponta “temos de trabalhar para melhorar estes resultados das sondagens”.

Questionado pela RC sobre eventuais consequências a nível partidário de um resultado menos positivo, Nuno Melo considera que “prognósticos só depois do resultado”.

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