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Greves na saúde e na educação são reflexo “dos embaraços que o Governo arranjou”, diz António Costa da Silva no seu comentário semanal (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 20 de Novembro, começou por comentar os setores da educação e saúde que têm vindo a realizar greves, dizendo que o Governo “criou muitas espectativas” nos diferentes setores da Administração Pública.

“Agora, estão a ser refletidos os embaraços que o próprio Governo arranjou”, afirmou o deputado social-democrata, justificando que a progressão das carreiras foi interrompida, “curiosamente, foram as governações do Partido Socialista”, acrescentando que, durante o período de austeridade da Troika, “foi impossível retomar a progressão”.

António Costa da Silva diz ainda que “devemos questionar-nos se a progressão automática faz sentido”, sustentando que, “o princípio de que a idade é um posto, poderá não ser se tivermos jovens mais competentes”, no entanto, reconhece que “as pessoas não podem ficar sem esperança de melhorar a sua carreira”.

De acordo com o comentador da RC, o que foi “prometido” à Administração Pública “não está a acontecer”, considerando que as “mentiras” dadas às pessoas, “se fossem cumpridas todas de uma só vez, teríamos um problema grave nas contas públicas”.

Quanto ao Orçamento de Estado (OE) para 2018, António Costa da Silva frisa que “não tinha qualquer verba para esta progressão”, referindo que o Governo “sentindo a pressão” das manifestações “começa a tremer”.

Ainda assim, o deputado reconhece a perda de regalias da Administração Pública, mas sustenta que, “aqueles que sofreram mais com a Troika, foram os trabalhadores por conta de outrem”, relembrando que no privado, “ficaram no desemprego”.

Já na área da saúde, no que concerne aos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica em greve, o social-democrata diz que “as repercussões são mais complexas, implica com a qualidade de vida das pessoas”.

Também neste setor, a greve “vai muito no mesmo sentido, sobretudo, com as espectativas criadas”, considerando ser “justo a igualdade com outros setores”.

No que diz respeito á taxa do IRC, onde o PSD propõe uma redução de 13% em 2019, António Costa da Silva recorda “um acordo de entendimento com o PS, no sentido das contas públicas suportarem essa situação”.

Durante a governação dos sociais-democratas, “as reformas feitas nessa altura também traziam subjacente a reforma do IRC”, algo que considera “estar a dar resultado” com a criação de postos de trabalho, no entanto, considera que “este Governo não olha para as empresas”.

Em torno do salário mínimo, que segundo as recentes notícias pode aumentar para 580 euros por ocasião de uma descida de impostos dos patrões, destaca que as negociações surgem sem “consultar a Concertação Social”, mas ainda assim, “a solução parece legitima”.

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