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“Santana Lopes vai-se embora e agora quer coligações” (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 25 de fevereiro de 2019, abordou aos microfones da Rádio Campanário as mais recentes declarações de Pedro Santana Lopes, a anunciada retoma das negociações com os professores e enfermeiros por parte do governo e ainda os juros de crédito ilegais do sistema bancário.

Sobre as declarações de Pedro Santana Lopes sobre uma possível coligação com o PSD, António Costa da Silva disse á Rádio Campanário que “então o homem vai-se embora e agora quer coligações. Se ele sentia que dentro do PSD não tinha espaço e queria desenvolver uma nova ideia de política, o que me parece legítimo, no entanto é estranho alguém que sai querer entendimentos logo de imediato”.

O deputado acrescenta à Rádio Campanário que “a ideologia política do Dr. Santana Lopes foi a que ele aprendeu durante a sua vida no PSD. O Dr. Santana Lopes tem uma capacidade política muito forte, é muito perspicaz, mas agora no novo partido vai ter de mostrar o que vale, ele terá que fazer o seu caminho. Não me parece correto fazer uma acordo pré-eleitoral no sentido de derrotar a esquerda. Eu até concordo com o derrotar a esquerda, concordo que existam entendimentos, o que me parece estranho é que o Dr. Santana Lopes acabado de sair do PSD venha com a conversa do ‘vamos lá juntos’. Não me parece uma boa opção nem sequer muito sensata”.

Quando questionado pela RC sobre a decisão do PSD, o deputado considera que “sinceramente não me parece que o PSD aceite, só faria sentido se o novo Partido do Dr. Pedro Santana Lopes conseguisse algo peso”, acrescentando que “até me custa a comentar isto, então o homem saiu pelo seu próprio pé, ninguém o mandou embora, e agora quer coligações”.

Sobre a questão da retoma das negociações com professores e enfermeiros. António Costa da Silva diz que “estamos em ano eleitoral, o governo prometeu tudo e a todos, prometeu aquilo que não podia, comprometeu-se com os seus parceiros em orçamento de estado e agora não está a cumprir aquilo que prometeu”.

O deputado disse á RC que “as aberturas para negociações são apenas para ganhar tempo, no final vão tentar fazer qualquer coisa para que fique tudo na mesma, em termos práticos não vai resolver nada”. Quando questionado por esta emissora sobre possíveis consequências da retoma das negociações, António Costa da Silva considera que “o governo quer fazer de conta que vai fazer alguma coisa, é ano eleitoral”.

A Campanário questionou ainda a postura do PCP nestas negociações, ao que António Costa da Silva disse “o PCP não se deixa enganar, é claramente cúmplice de toda esta situação (…) tal como são responsáveis por terem assinado um acordo com o governo que afastou o PSD e o CDS de terem formado Governo”.

Para finalizar a Campanário pediu ao deputado um breve comentário sobre os juros de crédito ilegais em Portugal, ao que António Costa da Silva disse que “isto é a barafunda total, a falta de regulação total que existe no sistema bancário tem dado os maus resultados que temos tido nos últimos anos”.    

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