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Domingo, Abril 28, 2024

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“Forças Armadas são pouco atrativas”, diz António Costa da Silva no seu comentário semanal (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 2 de abril, começou por falar dos gastos na Saúde, para depois comentar as greves sentidas no país, hoje e ao longo das últimas semanas, terminando a sua rúbrica semanal a falar sobre a atratividade das Forças Armadas (FA), declarando que os atuais problemas na admissão de jovens, existem porque “as FA são pouco atrativas”.

Sobre os dados oficiais da área da Saúde divulgados recentemente, com o acumulado até outubro de 2017, que mostram que apenas um hospital do SNS apresentava contas positivas, António Costa da Silva declara que “as contas da Saúde, de facto, estão cada vez piores”, lamentando que, na sua opinião, “infelizmente, voltámos ao período antes da troika”. António Costa da Silva destacou que “voltámos a um período em que o governo está a fazer muita dívida na área da Saúde”, considerando que a “área da Saúde é uma área dramática, porque tem a ver com a vida das pessoas e com a qualidade de vida das pessoas”. Isto apesar dos “resultados muito positivos”, que Portugal apresenta na qualidade da Saúde.

Especificamente sobre o Alentejo, o deputado social-democrata salienta as carências dos serviços médicos, “a região Alentejo, que é um terço do território nacional, não tem um ortopedista no sistema público; a região Alentejo, no SNS tem falta de anestesistas, os anestesistas são decisivos por causa das cirurgias; na nossa região temos atrasos gigantescos num conjunto de áreas de cirurgias”, enumerou.

Ao comentar as greves de 2018 e em específico a paragem dos trabalhadores das Infraestruturas de Portugal, que pararam esta segunda-feira, António Costa da Silva é perentório ao afirmar que “no contexto atual, quando nos apregoaram que a austeridade tinha acabado, que a crise tinha acabado e que tudo seria resolvido nesta nova geringonça governativa, foi a promessa que foi dada a todos os trabalhadores e ainda por cima no contexto do crescimento económico, porque a Europa está a crescer – Portugal está a crescer, apesar de estar a crescer abaixo de 18 países, ainda assim está com um ritmo de crescimento que é importante – o que é certo que esse reflexo não está a ser efetuado na vida dos trabalhadores”.

Por outro lado, António Costa da Silva realça que “o PCP, através da CGTP, está a dar aqui o ar de distanciamento em relação àquilo que é o governo do PS, porque estamos a um ano das eleições”. Afirmando que “a geringonça serviu para derrubar o Dr. Pedro Passos Coelho”, pois “o país regrediu”, considera, “sem ter nenhum efeito positivo naquilo que fosse o rendimento das famílias”.

Sobre o défice de jovens capazes de reunir os requisitos para ingressar na vida militar, revelado pelo diretor-geral de Recursos da Defesa, Alberto Coelho, o deputado do PSD afirmou que “as condições que [as Forças Armadas] oferecem aos jovens para ingressar na vida militar são pouco simpáticas, digamos assim, são pouco atrativas”, o que “afasta os jovens”. Por outro lado, salientou que casos como a morte de dois militares no curso de comandos ou o assalto ocorrido no paiol de Tancos, “têm dado uma imagem menos atrativa, para não dizer positiva, que até me custa a dizer que as nossas FA são pouco atrativas”. Destacando que trabalho desenvolvido pelas FA, em várias partes do planeta, sobretudo em missões de paz, “devia ser muito valorizado”.

Na opinião de António Costa da Silva, essa imagem das FA “tem sido muito degrada, nomeadamente através do ministro do exército, que é um ministro de fraca qualidade, na minha perspetiva, que tem tido um mau desempenho nos últimos anos, sempre centrado em polémicas, em problemas e dando uma má imagem daquilo que é uma entidade com um carisma muito forte a nível nacional”.

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